A Bio Bureau tem muito o que comemorar. Em 2022, a empresa concluiu com sucesso dois projetos tecnológicos desafiadores, além de ter subido 4 posições nas top 10 biotechs da 100 open startups, chegando ao 3o lugar, sendo destaque no jornal Valor Econômico:
Startup avança em pesquisa para preservação da biodiversidade na área de energia e produz mexilhões estéreis
O primeiro projeto foi o primeiro baseline molecular de um reservatório de hidrelétrica, da usina de Três Irmãos, da Tijoá Energia, no interior de São Paulo. A tecnologia permitiu identificar todas as espécies presentes no reservatório em apenas um ponto de amostragem, em comparação com as técnicas tradicionais que levaram 10 anos. Além disso, a metodologia não invasiva permitiu coletar dados em todo o reservatório em apenas dois dias e os dados biológicos digitalizados através do sequenciamento de DNA serão preservados para auditoria futura. Em setembro de 2022, foi aprovado um novo projeto com a Tijoa para desenvolver um kit específico para detecção de espécies de interesse ambiental, aumentando ainda mais a eficiência e permitindo amostragens mais frequentes.
O segundo foi a conclusão a fase 3 do projeto do mexilhão dourado, que tinha o objetivo de desenvolver um protótipo do mexilhão geneticamente modificado. O desafio atual é reproduzir em cativeiro essa espécie invasora para multiplicar os OGM e testar sua eficácia e segurança em ambiente controlado, que será feito ao longo dos próximos 2 anos. O consórcio está negociando a entrada de novas empresas financiadoras para a próxima fase do projeto, que tem como objetivo obter os certificados de segurança e eficácia dos órgãos reguladores.
Finalmente, a Bio Bureau fechou com a Repsol um contrato para o desenvolvimento de uma solução rápida, precisa e econômica para o monitoramento do coral sol. Essa é a segunda fase do projeto que iniciou com o sequenciamento do genoma de três espécies de coral, que agora estão sendo utilizadas para desenvolver uma maneira de identificar a presença do coral em amostras de água a partir do DNA presente no ambiente. Isso permitirá gerar dados de presença do coral sol em uma escala sem precedentes, que esperamos ajudar a planejar melhor o trânsito de embarcações na costa brasileira.
O objetivo para este ano é abrir a primeira spin-off baseada em uma das tecnologias, validando assim seu modelo de negócio de desenvolvimento de projetos de P&D com participação na propriedade intelectual e direitos de comercialização.