Por Magda Lisboa
A Bio Bureau tem no seu DNA uma estrutura de talentos que unidos fazem inovação e revolução, a liderança desafia o time com seu perfil vanguardista e engajado no “Lean Startup”.
Em 2017, diante dos desafios de projetos junto a clientes, ficou claro a necessidade de mudança da forma PREDITIVA de se planejar e executar para um novo modo ADAPTATIVO – a clareza de que nossas questões não eram “conhecidas” baseadas em evidências do passado e sim “conhecíveis” e até “incognocíveis” – que precisávamos mudar a forma de planejar e entregar resultados.
Steve Blank e Eric Ries já tinham feito a cabeça do cientista Mauro Rebelo- o Lean onde o Ágil começa – era a perfeita explicação e o Manifesto Ágil com seus princípios e valores eram pilares para a mudança. A grande premissa da Bio Bureau era sair do PREDITIVO para o ADAPTATIVO. O desafio era instigante em envolver os talentos, entender os problemas e partir para agilidade organizacional e principalmente em relação aos projetos.
A base da transformação se dá quando entendemos o mindset ágil, e principalmente a cultura com os seus valores, o entendimento da entrega de valor para os clientes e o aprendizado que guiará como escalar o ágil na organização.
Deste modo, o Manifesto Ágil tem um dos valores “indivíduos e interações mais do que processos e interações” e com este eu vou desenvolver a experiência ágil da Bio Bureau.
Os times ágeis trabalham muito próximos, fazem reunião com frequência, reuniões colaborativas e atuam com transparência. Os times são autônomos e auto-organizados; hoje o Scrum passou a chamar de autogerenciáveis. Relembro aqui os valores do SCRUM: comprometimento, coragem, foco, abertura, respeito.
O Ágil não é uma metodologia ou conjunto de práticas. As pessoas não são recursos a serem utilizadas ou controladas. O Ágil está ligado à cultura e é essencialmente sobre pessoas, como valorizá-las e dar-lhes espaço e autonomia para serem proativas e darem sugestões sobre resoluções de problemas. Trabalha-se melhor quando se é motivado, o ser humano é o maior ativo das organizações.
Anteriormente, as equipes da Bio Bureau atuavam com comando controle, de forma bem simplificada, os projetos tinham planos com diversos entregáveis e as equipes executavam atividades e tarefas definidas por um especialista ou por um gerente de projetos. As equipes executavam algo pré-definido e como a ciência lida com tantas incertezas, algo já pré-determinado com os clientes num plano não era necessariamente o que acontecia, muitas incertezas e novas ideias do mundo científico vinham à tona.
Em 2018 introduzimos uma nova forma de trabalhar com as equipes. Iniciamos com o SCRUM, com seus pilares: transparência, adaptação, inspeção. Com seus valores já citados anteriormente e com suas cerimônias e papéis. Tudo era muito novo para o time, que passou a chamar-se Time Desenvolvimento. Este foi um grande impactado na mudança, pois a liberdade de se poder ser auto-organizado causou estranheza e ousadia. Era incrível e prazeroso ver talentos se revelando e mostrando proatividade, assumindo contração x descontração e principalmente o time buscando alcançar os resultados, todos se apoiavam para a realização do Sprint. A multidisciplinaridade no time revelou talentos, e pessoas passaram a desenvolver competências que não se revelariam a não ser pela oportunidade.
O SCRUM tem o rito de cerimônias, o cenário era de pandemia, ambiente virtual, mas as reuniões de Sprint (planning, daily, retrospectiva, review) aconteciam com uma pontualidade britânica. Ao longo do tempo concluiu-se que era necessário adaptar o SCRUM à um método da Bio Bureau e acredito que hoje esteja assim.
O Ágil é obcecado pela satisfação do cliente. E o próximo passo foi envolver o cliente na abordagem ágil, passar a consagrar contratos com entregáveis “conhecíveis”, que estão cheios de incertezas e que existe um esforço reconhecido em definir, testar e aproveitar/rejeitar hipóteses. E assim uma nova forma de planejar os planos de projetos foi criada.
Para encerrar, quero ressaltar os talentos desenvolvedores, os vigorosos cientistas, pró- ativos na determinação e escolha das histórias de usuários dos sprints, a incorporar os valores do Scrum. Super destacar e valorizar a disponibilidade do Product Owner em poder arquitetar o backlog de produto mais favorável com seus épicos. E também a facilitação do Scrum Master no ambiente em mudança.
Atuei na Bio Bureau de 2017 até final de 2020 e foi uma experiência de muito êxito! O grande foco agora é como escalar o Ágil na organização, assunto da Gestão de Mudança e verdadeiramente cuidar da Cultura (crenças, valores, princípios) e do Manifesto! Mas a Transformação Ágil na Bio Bureau já é realidade!